15 maio, 2011

Life is a game... play it!


...jogar. A vida acaba por ser um jogo, com vários jogos pelo meio. Acho que se pode comparar a jogar poker. Temos as nossas cartas que é a única coisa que conhecemos, não conhecemos as cartas dos outros jogadores nem as cartas que a sorte (ou a vida) vai lançar na mesa para conjugarmos com as nossas. Mesmo só com isso, podemos fazer apostas, se acharmos que as nossas cartas valem mais que a dos adversários, ou tentando fazer com que eles pensem isso mesmo; se não tivermos confiança no jogo que temos, não jogamos. Por vezes, mesmo com cartas muito más, somos obrigados a ir a jogo e aqui, cabe-nos ser espertos e em vez de nos lamentarmos da nossa situação, temos de evitar grandes perdas, ou acreditar que num raro momento estatísticos podemos acabar por ter muita sorte e até ganhar o jogo... ás vezes acontece! Nunca nos podemos esquecer que mesmo que estejamos a ganhar, a cada nova carta que sai, pode acontecer uma reviravolta e o adversário ficar em vantagem sem darmos por isso; se isto nos acontecer favoravelmente a nós e o adversário estiver distraído, aproveitemos para tirar o máximo proveito disso. Na vida (como no poker), temos "jogadores" agressivos e "jogadores" passivos... há quem confie na sorte ou que goste de fazer bluff e jogue como se tivesse sempre o melhor jogo, e muitas vezes isso dá resultado, assustando de certa forma os mais cautelosos. Pessoalmente não gosto de jogar assim, prefiro jogar poucas vezes, mas com grandes certezas de ganhar, permitindo por vezes apostar tudo (all in) e vencer, com grandes lucros e até torna os poucos momentos de bluff mais eficazes. No poker, como na vida, outra coisa que altera a maneira como jogamos é a nossa posição, e se por vezes estamos numa posição mais frágil, devemos jogar com mais cautela e esperar que chegue a nossa vez de estar numa posição mais forte para jogar de forma mais agressiva; costuma-se dizer que (tal como o "botão" no poker"), "o mundo anda sempre à roda" e assim a nossa posição vai-se alterando. Outra coisa que se pode aprender no poker é que não devemos ter medo de perder dinheiro, devemos ser capazes de arriscar, de investir, de sairmos do comodismo a que nos vamos habituando. É difícil para a maioria dos portugueses, mas o clima económico mundial vai (aliás, já está a) obrigar os portugueses a terem de se adaptar a estas regras de jogo e quem não se adaptar, vai "saltar fora da mesa".

1 comentário:

Sant'Iago disse...

muito bom, como é habitual.
engraçado tb pensei nisso, mas com o xadrez (e ideias de jogar à defesa ou ao ataque), no entanto prefiro o póquer e a respetiva analogia .
o último parágrafo tem power!