26 agosto, 2011

Rica vida


...ser mais uma vez do contra. Tenho mais uma opinião que a par da opinião do sufrágio universal/restrito poderá levantar alguma polémica, porquê? Porque me parece ser aceite como irrefutável (sobretudo nesta altura de crise económica) que os ricos devem pagar mais esta crise que os pobres, ou seja, que "os ricos devem descontar mais que os pobres" e eu não concordo com isso, pelo menos com o significado com que é dito. Concordo que quem tem mais desconte mais, mas numa lógica percentual, que matematicamente também pode ser vista como "todos descontam o mesmo (valor percentual)". Esta visão comunista da sociedade estimula a preguiça, a inércia, a negligência... padece das fraquezas do comunismo. Para quê trabalhar, para quê esforçar-me para evoluir se depois o meu dinheiro vai ser distribuído por quem não se esforçou, por quem não trabalhou, pelos preguiçosos? Sim, tenho ideias/ideais capitalistas e se muitos mais portugueses tivessem também, não teríamos o país neste estado miserável em que se encontra, resultado de não ser capitalista, quando é o capital que move o mundo. Se queremos sair da crise, temos de produzir, de investir e não de poupar, sem contudo gastar mais do que aquilo que podemos como tem acontecido nos últimos anos. A sorte deste "país socialista" é existirem "países capitalistas" que o vão ajudando a levantar-se, obtendo obviamente alguns beneficios no processo (ou não fossem eles capitalistas). Na enfermagem, acho que também há uma grande deficiência desta visão capitalista das coisas. Os enfermeiros parecem não entender que as pessoas também são números, que a saúde são números (e bem grandes) e que temos de aprender a jogar com esses números em nosso favor.

"A partir de um certo ponto, o dinheiro deixa de ser o objetivo. O interessante é o jogo." 
 Aristóteles Onassis

1 comentário:

Sant'Iago disse...

e não é que ainda hoje tive uma discussão com uma doente sobre isto!!!