...ter estilo. Penso que seja generalizada a censura das escolas de enfermagem em relação à imagem/estilo dos seus alunos. Na minha escola em particular, em estágio era (e fui) "aconselhado" a cortar o cabelo por "já estar demasiado comprido" ou a cortar a barba, que "devia ser cortada todos os dias". Mais grave ainda era o facto de mesmo durante o tempo de aulas haver uma censura constante e atenta ás roupas e ao estilo dos alunos em geral. Nada de roupas mais extravagantes e um colega foi proibido pela directora de entrar na escola enquanto não mudasse o corte de cabelo (pouco convencional) que tinha feito. Sem me referir sequer aos aspectos legais, que autoridade (moral) tem qualquer professor ou director ou quem quer que seja na escola para me proibir de vestir qualquer roupa ou usar determinado penteado, piercing, tatuagem, de interferir com o meu estilo próprio, a minha identidade (respeitando obviamente o pudor público)? O mais interessante é que estas ideias são incutidas em grande parte dos alunos que depois, enquanto profissionais, acabam por exercer a mesma censura sobre os colegas que ousam afirmar o seu estilo, a sua identidade. Não basta já todos nós termos de usar um uniforme/farda que de estético pouco ou nada tem e cujos objectivos não são certamente conhecidos na totalidade pela maioria dos colegas (este assunto dará origem a um futuro
post certamente interessante). Felizmente assistimos cada vez mais a enfermeiros que alheios a esta censura vivem e trabalham com o seu estilo próprio, com todo o tipo de penteados, piercings e tatuagens, como todos os profissionais, uma vez que isto não influencia a qualidade do seu trabalho. A enfermagem já não é (só) praticada por freiras!