11 agosto, 2009

Karting




...fazer uma tarde de karting com um amigo e reparar na curiosa semelhança entre o karting e a enfermagem: em ambos parece que atingimos altas velocidades, faz-nos sentir a adrenalina a correr, mas na verdade a velocidade não é tanta quanto isso; se conseguirmos melhorar um pouquinho (no tempo de volta) ficamos todos contentes; andamos andamos sempre ás voltas e acabamos por nunca sair do mesmo sítio; se tentamos ir um pouco mais depressa que o que devemos, vamos contra as protecções e acabamos por nos atrasar, se vamos mais devagar, levamos uma pancada do colega que vem atrás, e por fim, quando terminamos, estamos cansados e com mialgias. A enfermagem só ainda não se paga para praticar, embora esteja a caminhar para isso, havendo já quem pratique de graça. A maior diferença é que quem for mesmo bom no karting pode chegar ao sucesso e na enfermagem o mesmo não acontece.

5 comentários:

Sant'Iago disse...

interessante ponto de vista! e esse é um grande problema: "andamos andamos sempre ás voltas e acabamos por nunca sair do mesmo sítio"... cum caneco, estavas a pensar em enfermagem enquanto conduzias LOL

Anónimo disse...

Não penses assim quem é bom é reconhecido pelo doente e isso é o mais importante é para eles que nós trabalhamos.flor

LProlog disse...

Raras vezes somos reconhecidos pelos doentes e não concordo que isso seja o mais importante. Temos de ser reconhecidos por toda a gente em geral e pelos legisladores em particular; não é com agradecimentos e beijos dos doentes que conseguimos sustentar economicamente a vida e não nos podemos esquecer disso, pois há quem se aproveite desse facto, do nosso laxismo em relação á nossa carreira.

Daniel Rodrigues disse...

Concordo com os dois pontos de vista, é muito bom recebermos o Obrigado do doente, mas tb é necessário mais gratificações da parte estatal. Não é fácil um Enfermeiro manter a boa disposição com as condições de trabalho existentes e aí os Obrigados dos utentes também diminuem porque obviamente não pudemos satisfazê-los com a mesma boa disposição e força todos os dias.

Cumps.

Daniel Rodrigues disse...

Trabalhar de graça é a maior vergonha a que algum Enfermeiro pode submeter-se.

É uma estupidez digna de alguns profissionais 'sem classe' da nossa classe.

Preferia estar no desemprego.

É uma questão de dignidade.


Cumps.