...não ter Natal. Já tive conhecimento do "horário das festas 2009"; vou ficar (outra vez) sem Natal. Fazer tarde a 24 e tarde a 25 impede-me de jantar com a minha família no dia 24 e de almoçar com ela no dia 25 por esta se encontrar relativamente longe, mas... hei! Tens o Ano Novo livre!!! Que bom... só é pena que a passagem de ano não tenha qualquer significado para mim... festejos há muitos, festas com a família junta (para mim) não. E o que recebo eu em troca, como consolação? Um ordenado base como nos outros meses, que não reflecte a minha licenciatura, ao contrário de todos os outros profissionais licenciados; como este ano não faço a noite em si, nem aos pobres suplementos (iguais aos de qualquer outra noite) tenho direito. Sinceramente, o simples facto de saber que posso tornar melhor o Natal de outras pessoas não compensa a minha perda (do Natal), quando (quase) toda a gente está a viver um dia(/noite) tão especial junto dos seus familiares, a celebrar como só se faz uma vez no ano, com troca de prendas, de afectos e com iguarias que não se comem no resto do ano, ou pelo menos não têm definitivamente o mesmo sabor. As montras enfeitadas com pinheiros de Natal e bonecos-de-neve não nos fazem lembrar o Natal, mas o hospital, a publicidade aos brinquedos, aos perfumes, aos bombons e ao uísque não nos fazem lembrar as prendas mas o trabalho, os normais votos de "boas festas!" são substituídos por votos de "uma noite de trabalho sem percalços" e o "jantar de Natal do serviço" da praxe torna-se uma mostra do que vamos perder. É isto que é ser enfermeiro; se eu não sabia disso quando optei por este caminho? Sim, sabia, mas não sabia era que tal sacrifício era tão desprezado pelos demais.
19 novembro, 2009
Prenda de Natal antecipada
...não ter Natal. Já tive conhecimento do "horário das festas 2009"; vou ficar (outra vez) sem Natal. Fazer tarde a 24 e tarde a 25 impede-me de jantar com a minha família no dia 24 e de almoçar com ela no dia 25 por esta se encontrar relativamente longe, mas... hei! Tens o Ano Novo livre!!! Que bom... só é pena que a passagem de ano não tenha qualquer significado para mim... festejos há muitos, festas com a família junta (para mim) não. E o que recebo eu em troca, como consolação? Um ordenado base como nos outros meses, que não reflecte a minha licenciatura, ao contrário de todos os outros profissionais licenciados; como este ano não faço a noite em si, nem aos pobres suplementos (iguais aos de qualquer outra noite) tenho direito. Sinceramente, o simples facto de saber que posso tornar melhor o Natal de outras pessoas não compensa a minha perda (do Natal), quando (quase) toda a gente está a viver um dia(/noite) tão especial junto dos seus familiares, a celebrar como só se faz uma vez no ano, com troca de prendas, de afectos e com iguarias que não se comem no resto do ano, ou pelo menos não têm definitivamente o mesmo sabor. As montras enfeitadas com pinheiros de Natal e bonecos-de-neve não nos fazem lembrar o Natal, mas o hospital, a publicidade aos brinquedos, aos perfumes, aos bombons e ao uísque não nos fazem lembrar as prendas mas o trabalho, os normais votos de "boas festas!" são substituídos por votos de "uma noite de trabalho sem percalços" e o "jantar de Natal do serviço" da praxe torna-se uma mostra do que vamos perder. É isto que é ser enfermeiro; se eu não sabia disso quando optei por este caminho? Sim, sabia, mas não sabia era que tal sacrifício era tão desprezado pelos demais.
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5 comentários:
AS chefias aqui também podem tentar fazer um horário à medida dos desejos da equipa.
No meu serviço a equipa divide-se em dois e cada elemento pode escolher se quer gozar o Natal ou o Ano Novo, normalmente não há problemas e sem grandes conflitos consegue-se que cada um goze a data de que mais gosta.
Emília
Como te compreendo...
Noutro dia, numa conversa de café com amigos (não relacionados com a saúde) constatei que ninguém tem noção do nosso trabalho e do desgaste que ele implica, ninguém têm noção do que é trabalhar quando quase ninguém trabalha e ter uma remuneração que em nada ajuda... aliás a mente popular julga que ganhamos muitíssimo, dormimos a noite toda no serviço e jogamos ás cartas , e eu penso: no meu serviço não é nada assim!!!! Tenho a maioria dos turnos de pôr os cabelos em pé, chego a casa e reflito que o que fiz não foram cuidados de enfermagem, foram tarefas!!!! porque somos tão poucos, que apenas assim funciona!!!!
estou muito triste com a nossa profissão....
É por isso que eu me voluntariei para fazer tarde noite na passagem de ano
Cada um têm o que merece!
@ anónimo (19:40)
Isso não é verdade, pois caso contrário, quem não sabe escrever, não poderia publicar comentários, o que não foi o caso (não é "têm", mas sim "tem" - singular/plural, got it?
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