27 setembro, 2010

Insight


...vivenciar inesperadamente episódios de introspecção. Depois de uns dias de calma, paz e felicidade aproveitados até ao último minuto, arrumo as coisas todas dentro do carro numa correria interrompida por um agricultor desconhecido que passava e na sua calma pergunta: "Já de partida? pois, é preciso começar a trabalhar não é?" Eu respondi afirmativamente enquanto acabei de arrumar as coisas com mais calma, vendo-o desaparecer como apareceu, a pensar na pergunta e na resposta, pensamento que se prolongou pela viagem, que ainda foi longa. Seria mais feliz o agricultor que na sua calma seguia calmamente para o seu trabalho, não porque "tinha de ser", mas porque "podia ser" ou eu na minha correria para trabalhar porque "tinha de ser" apesar de talvez "não poder ser"? Será o trabalho uma parte assim tão importante da nossa vida que se possa sobrepor à família, aos amigos, à saúde (física e mental), à felicidade? Quanto vale a possibilidade de se trabalhar em contacto directo com a natureza, combinando o ritmo desta com o nosso, aproveitando o que ela nos oferece e tentado oferecer-lhe também alguma coisa? Lucrar com o nosso trabalho e não deixar que alguém lucre com ele enquanto nos explora... São opções de vida ou uma questão de oportunidades? Mas quem é que mandou o raio do agricultor com as suas palavras tão simples quanto abaladoras?

2 comentários:

Anónimo disse...

Talvez valha a pena!


http://carta1aberta.blogspot.com/

Anónimo disse...

Olá meu homónimo masculino!

Tens aqui pensamentos muito interessantes, gostei, mas não posso deixar de dizer (a sinceridade assim me obriga) que o que mais gostei foi de andar a brincar com os peixinhos no fundo da página!
Sim senhor belo blog, e divertido hehehehe
Bom trabalho ;)